97% dos ouvintes não conseguem identificar música feita por IA

Levantamento da Deezer e Ipsos mostra que 40% dos usuários de streaming evitariam músicas criadas com inteligência artificial.

John Doe Johnson

John Doe Johnson

14 de nov. de 2025

97% dos ouvintes não conseguem identificar música feita por IA
IA dificulta distinguir músicas humanas de sintéticas (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)
  • 97% dos ouvintes não distinguem músicas feitas por IA das compostas por humanos.
  • Deezer implementou etiquetas para identificar músicas criadas por IA e excluiu essas faixas de playlists editoriais.
  • A proporção de faixas geradas por IA nas plataformas de streaming aumentou de 18% para 33% desde abril.

Uma pesquisa encomendada pela Deezer e conduzida pela Ipsos revelou que 97% das pessoas não conseguem distinguir músicas produzidas por inteligência artificial das compostas por artistas humanos. O estudo, que ouviu 9 mil participantes em oito países, incluindo Brasil, Estados Unidos, Reino Unido e França, reforça as preocupações sobre o impacto da IA na criação e monetização da música.

Os dados indicam uma divisão de opiniões entre os ouvintes: enquanto 73% defendem que faixas feitas por IA sejam claramente identificadas nas plataformas, 45% gostariam de poder filtrá-las e 40% afirmam que evitariam esse tipo de conteúdo. Além disso, 71% disseram ter se surpreendido ao perceber que não conseguiram reconhecer a origem das canções.

O consumo de músicas geradas por IA

A pesquisa destaca o crescimento acelerado de conteúdos criados por inteligência artificial nas plataformas de streaming. Segundo a Deezer, atualmente são enviadas mais de 50 mil faixas geradas por IA por dia — cerca de um terço. Em abril, essa proporção era de apenas 18%.

Diante do avanço, a plataforma implementou medidas para aumentar a transparência: passou a incluir etiquetas que identificam músicas criadas por IA e retirou esse tipo de conteúdo das playlists editoriais e das recomendações automáticas. “Acreditamos firmemente que a criatividade é gerada por seres humanos e que eles devem ser protegidos”, declarou o CEO da Deezer, Alexis Lanternier, à agência Reuters.

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